Todos os reféns mantidos em uma sinagoga no Texas foram libertados sãos e salvos, disse o governador do Texas, Greg Abbott, na madrugada deste sábado (16). “As orações foram respondidas”, postou Abbott em uma rede social. “Todos os reféns estão sãos e salvos”, acrescentou.
Mais cedo, outro refém já havia sido libertado depois de horas de negociações da polícia americana. Inicialmente, a imprensa local afirmou que o suspeito seria o paquistanês Muhammad Siddiqi, e sua exigência para entregar os reféns seria a libertação de sua irmã, Aafia Siddiqi, uma condenada por terrorismo que cumpre pena de 86 anos em um centro médico federal em Fort Worth. No entanto, o advogado de Aafia afirmou que Muhammad está em Houston e não na sinagoga.
Sem identificar a fonte, a ABC News noticiou que o suspeito havia sequestrado o rabino e outras três pessoas da congregação Beth Israel. Segundo a rede, o sequestrador estava armado e alegou ter bombas em outros lugares, sem revelar quais.
Citando um alto funcionário informado sobre a situação, a ABC apontou que o homem disse ser irmão de Aafia Siddiqui, uma mulher apelidada de “Lady Qaeda” pelos jornais americanos, e estava exigindo que sua irmã fosse libertada da prisão.
Outros especialistas indicaram, no entanto, que a palavra que o homem expressou em árabe poderia ser usada em sentido figurado e significaria “irmã” de fé islâmica.
Aaifa Siddiqui
Siddiqui, uma ex-cientista paquistanesa, foi condenada por um tribunal de Nova York em 2010 a 86 anos de prisão por tentativa de assassinato de autoridades americanas no Afeganistão. O caso de grande repercussão provocou indignação no Paquistão.
Uma transmissão ao vivo da página do Facebook da congregação durante o serviço matinal de sabbat pareceu capturar a voz de uma pessoa falando muito alto, mas não mostrou a cena no interior do centro religioso.
No vídeo, ouvia-se um homem dizendo: “Coloque minha irmã no telefone” e “vou morrer”. Ele também dizia: “Há algo de errado com os Estados Unidos.”
A transmissão começou às 10h locais e terminou pouco antes das 14h. A polícia de Colleyville disse no Twitter às 11h30 locais (12h30 em Brasília), que estava realizando uma “operação SWAT” na congregação Beth Israel.
Duas horas depois, as autoridades informaram que a situação “ainda estava em andamento”. “Pedimos que evitem a área. Continuaremos a fornecer atualizações por meio das redes sociais”, acrescentaram.
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2022-01-16 04:14:00