A Rússia continua fortalecendo sua presença militar nas fronteiras com a Ucrânia, disse o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, nesta quarta-feira (16), enfatizando que “por enquanto” não há sinais concretos de uma desescalada, apesar das declarações dos responsáveis em Moscou.
“Não vimos nenhuma desescalada na região por enquanto. Pelo contrário, parece que a Rússia continua a reforçar sua presença militar”, disse Stoltenberg no início da reunião dos Ministros da Defesa da Aliança em Bruxelas.
“A Rússia ainda pode invadir a Ucrânia sem aviso prévio. As capacidades estão mobilizadas e a presença militar é importante, mais de 100 mil soldados”, disse o chefe da Otan.
Stoltenberg tomou nota da mensagem de Moscou sobre a sua vontade de prosseguir com os esforços diplomáticos e afirmou que a Aliança está “pronta para conversar”, mas alertou que a Rússia deve acompanhar as suas declarações com a retirada das forças mobilizadas para que possa ocorrer uma diminuição da tensão na fronteira com a Ucrânia.
“Estamos acompanhando de perto o que a Rússia está fazendo. Vimos a chegada de tropas e equipamentos pesados, depois houve a retirada das tropas, mas o equipamento e as capacidades ainda estão lá”, disse o alto comando da Otan.
Stoltenberg indicou que a Otan quer uma “retirada real e duradoura e não apenas um movimento incessante de tropas”. Segundo ele, a aliança está pronta para se encontrar com a Rússia, mas se prepara para o pior.
2022-02-16 10:55:23